sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Juros e Demais Encargos Inclusos Representam o CET (Custo Efetivo Total).

Custo Efetivo Total (CET) corresponde a todos os encargos e despesas incidentes nas operações de crédito e de arrendamento mercantil financeiro contratadas. O CET é um valor percentual, expresso na forma anual (% a.a.) e representa a soma dos custos cobrados na contratação de um empréstimo, financiamento ou arrendamento. São estes custos inclusos: taxa de juros, tributo (IOF), tarifa (TAC), registros (despesas cartorárias e pagamento de serviços de terceiros no caso de financiamento de veículos) e outras por ventura cobradas.

Ao conhecer o CET, o consumidor pode comparar as condições oferecidas pelos bancos e financeiras, e escolher a melhor opção de crédito. Quanto menor o CET, melhor. Seu objetivo é facilitar a vida da população, informando, de maneira clara e objetiva, qual será o preço real das parcelas envolvidas na aquisição de uma linha de crédito.

Desde março de 2008, a legislação brasileira obriga que todas as instituições, bancos ou financeiras do setor de crédito formal informem o consumidor sobre o valor da CET. Fazem parte do pacote taxas como juros, despesas com tarifas de abertura de crédito, seguro contra inadimplência, impostos e outros encargos cobrados do cliente pela instituição financeira credora.As instituições financeiras e as sociedades de arrendamento mercantil devem informar o CET previamente à contratação de operações de crédito. 
Segundo o BACEN:
  1. O CET deve ser expresso na forma de taxa percentual anual.
  2. A planilha de cálculo do CET deve explicitar, além do valor em reais de cada componente do fluxo da operação, os respectivos percentuais em relação ao valor total devido. Exemplo da planilha está disponível na Carta-Circular 3.593, de 2013.
  3. O CET também deve constar dos informes publicitários das instituições quando forem veiculadas ofertas específicas (com divulgação da taxa de juros cobrada, do valor das prestações, etc).
Também retirado do site do BACEN, segue um exemplo, suponha um financiamento nas seguintes condições:

Valor Financiado - R$ 1.000,00
Taxa de juros - 12% ao ano ou 0,95% ao mês
Prazo da operação - 5 meses
Prestação mensal - R$ 205,73

Além desses dados, considere também a hipótese de pagamento à vista (sem inclusão no valor financiado), dos seguintes valores:

Tarifa de confecção de cadastro para início de relacionamento - R$ 50,00
IOF - R$ 10,00

De acordo com a fórmula da Resolução CMN 3.517, de 2007, o FCo (valor do crédito concedido) e o FCj (valores cobrados pela instituição), seriam os seguintes:

FCo = R$ 940,00
FCj = R$ 205,73

Considerando as prestações pagas a períodos fixos, e utilizando as fórmulas de matemática financeira (por meio de uma planilha de cálculo eletrônica ou calculadora científica), o cálculo do CET ficaria assim:
 

CET = 43,93% ao ano ou 3,08% ao mês.
Saiba mais sobre o cálculo do CET, consultando a Resolução CMN 3.517, de 2007.

O valor dos custos adicionais, a excessão do IOF, é definido pela instituição credora e, portanto, varia de acordo com o estabelecimento no qual o consumidor irá adquirir um bem ou negociar crédito, quanto mais itens de custo inclusos, maior será a variação percentual em relação a taxa de juros pactuada, geralmente os contratantes de crédito se atem apenas a este item. É a variação do percentual da CET que torna seu uso imprescindível e mais abrangente na hora de adquirir um empréstimo, financiamento ou arrendamento numa instituição financeira, pois pode uma instituição com uma taxa de juros menor, proporcionar um custo efetivo maior ao cliente. Conhecendo previamente o custo total da operação de crédito, fica mais fácil para o cliente comparar as diferentes ofertas de crédito feitas pelas instituições do mercado, o que gera maior concorrência entre essas instituições.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Taxa Média de Juros no Cheque Especial em Julho.

A taxa média dos juros cobrados no cheque especial, no mês de julho, pelos maiores bancos do país é de 150,46% em um ano (ou 7,95% ao mês), segundo pesquisa do Procon-SP divulgada nesta quinta-feira (11). A taxa mais alta foi a do Santander, que chega a 212%. Já a Caixa tem os menores juros do mercado, 65% ao ano.

Em relação as taxas praticadas na modalidade empréstimo pessoal, o Bradesco tem a taxa de juros mais alta em um ano (106%), já a Caixa oferece as menores taxas de juros na modalidade entre os grandes bancos do país (51%). A média dos bancos consultados ficou em 84,39% ao ano (ou 5,23% ao mês).

Esses são números médios e podem variar um pouco por quesitos específicos de cada contrato, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o perfil de cada cliente, assim como o relacionamento entre a instituição e o cliente, quem tem mais dinheiro no banco paga taxas menores.

De acordo com o levantamento, os dados coletados referem-se às taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, independente do canal de contratação, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias. Em julho duas das principais instituiçoes aumentaram suas taxas, Bradesco alterou de 8,78% para 8,82% a.m. e o Banco do Brasil reajustou de 5,70% a.m. para 5,80% a.m..

O BB foi o único banco que aumentou a taxa de juros na contratação de empréstimo pessoal, passando de 4,27% a.m. para 4,32% a.m. Os demais bancos mantiveram as mesmas taxas de empréstimo pessoal de junho. Ao longo dos últimos três anos as taxas de juros médios praticados vem caindo sistematicamente, todavia o spread bancário ainda é considerado muito elevado se comparado ao mercado europeu e americano.